“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

C. D. ( V )

Hoje, ou melhor ontem dia 29/01, fui ao Hospital Amadora Sintra para tirar os pontos e ser visto pelo ortopedista.
Dirigi-me ao enfermeiro e afinal o papel que eu tinha não servia. Tinha que ser outro modelo. Lá fui eu ao internamento de Ortopedia, fazendo uma maratona de canadianas, para arranjar um novo formulário.
Realizado o percurso invrrso lá tirei os pontos... Realmente o pé ainda está um pouco inchado, mas os pontos pareceram-me bem...
Depois desta aventura fui-me informar relarivamente à consulta. Era necessário tirar uma ficha com a letra "B" e aguardar... Uma hora depois, quando chega a minha vez, a menina do guichet refere que deveria tirar a letra "A" que era mais rápido. Enfim... Contra-informação de colegas de trabalho...
Aguardei na sala de espera... A consulta era para as 15H00, mas como não há duas sem três eis o que sucedeu a seguir: o médico foi-se embora e não viu mais de uma meia dúzia de doentes.
Que lindo Serviço Nacional de Saúde temos... Um funcionário ainda desabafou "onde ele está sei eu bem...." ao que eu respondi: "em alguma clínica que lhe dá mais dinheiro que aqui..." e retorquiu aquele repentinamente: "nem mais!!!".
Lá consegui falar com a médica que auxiliou na minha operação e fui consultado. Contudo, fiquei ali até às 18H00, quando a minha consulta deveria ter sido às 15H00 e a tinha confirmado pouco passava das 14H00.

Assim vai a nossa Saúde neste Portugal!!!!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Um pouco mais de azul...


Blue...., originally uploaded by @rmando.

Um pouco mais e o SLB consegue ultrapassar os azulinhos do norte (FCP). hehehehe....

Este fim de semana deu para colocar as coisas em dia... Não sair de casa, pelos motivos que conhecem, dá nisto mesmo.

Um abraço e boa semana a todos vós.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

C. D. ( I V )



Já regressei ao meu lar, depois de 10 dias de internamento no Hospital Fernando da Fonseca, vulgo Amadora/Sintra.





Na nota de alta estava escrito #trimaleolar (os médicos usam o símbolo # para designar fractura). Em pesquisa na net fui investigar do que se tratava este nome tão sui generis.





E como uma imagem vale mais que mil palavras deixo-vos uesta ma fotografia que explica tudo. Inclusive mostra a placa que se coloca junto da tíbia e os dois parafusos, tal como eu levei (da proxima vez que andar de avião vou apitar no controle de embarque, rsrsrs).



A todos os que me visitaram no hospital (e essas pessoas têm nome: Filipa Pais, Bruno, Isabel Névoa, Jorge Duque, Rosa Mota, Paulo Abalada, Paulo Matos, Mário Pinheiro, António Costa, Gabriel Abraços, José Machado, Conceição Machado, Telmo Machado, o meu pai, a minha madrasta, Clara Ramos, Armando Ramos, Alice Ramos, Ana Louro, Sandra Oliveira, Claide Americano, Luisete Alves, Sol, Pedro Vaz, Enf. Leitão, David Felix, Carlos Carrazedo, Luigi, - a ordem é arbitrária e de somenos importância (julgo não me ter esquecido de ninguém), e me contactaram telefónicamente (que foram bastantes e não dá para estar aqui a dizer tantos telefonemas) o meu bem-haja.

Estarei aqui quando precisarem de mim. :-)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

C. D. ( I I I )

Hoje recebi a notícia que amanhã iria ter alta.
Fiquei contente como, aliás, poderão imaginar.
Estar-se doente é mesmo péssimo, para já não falar do internamento hospitalar.
Há barulhos por todos os lados, as enfermeiras e enfermeiros mudam a cada turno e nem sempre estão bem humorados. Mas com o tempo vai-se conhecendo melhor estas pessoas que afinal tratam dos doentes aqui internados. Depois há os colegas doentes de quarto. Quando aqui cheguei colocaram-me num quarto com malta nova. Mas eles foram indo embora, com alta, e outros os sucederam.
Na noite passada algo de desagradável aconteceu. Um dos meus colegas, que ja tem os seus setenta e muitos anos, decidiu arrancar o soro e a algália. Quando me apercebi era sangue por todo o lado. Um toque na campainha e após alguns segundos eis que aparece a auxiliar e duas enfermeiras. Tiveram que o amarrar, pois o senhor estava super agitadíssimo. Toda a noite tentou sair da cama, querendo ir para casa, dizendo que a esposa estava lá sozinha e não sabia onde ele andava. E, a estas horas que escrevo, ainda que reine algum sossego, o referido senhor ja tentou levantar-se.
Mas queria dar-vos conta de como pequenos gestos podem significar muito, para quem fica de um momento para o outro incapacitado. Tal como ontem, hoje tomei banho sozinho e vesti-me sozinho. O gesso da perna dificulta os movimentos e as calças do pijama nem sempre são fáceis de vestir.
Andei o dia todo na cadeira de rodas aqui pelo serviço. Andava animado, pois amanhã irei embora. A perna doi-me menos, sendo uma dor tolerável.
Falei bastante com as enfermeiras e até consegui que uma das estagiárias me trouxesse um café. Ah, como me soube bem aquele café. Obrigado, enfermeira Ana.
Na porta da enfermaria estão as enfermeiras com a medicação nocturna. O meu vizinho de quarto decidiu fazer agora das dele. E estão a amarrá-lo novamente.
Será outra noite em branco???
QUERO A MINHA CASA!!!!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Lisboa Antiga


Lisboa Antiga, originally uploaded by @rmando.

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Hoje senti saudades da Lisboa antiga. Porquê? Não sei!!!
Daí estas duas fotografias, tiradas quase no mesmo local, ou seja, no Bairro da Bica.
Hoje quem vive nestes bairros são pessoas idosas, onde poucos jovens existem devido sobretudo à grande especulação imobiliária e às casas se encontrarem na sua grande maioria com necessidades de obras.
Mas é sempre bom morar num bairro onde todos se conhecem, ou quase todos, como se de uma aldeia se tratasse.

Elevador da Bica - Lisboa


Elevador da Bica - Lisbon, originally uploaded by @rmando.

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

C. D. ( I I )

Ainda me encontro no hospital. :-(
Amanhã faz uma semana que aqui estou.
Por estar num serviço de ossos (ortopedia) os doentes pouco tempo aqui passam, entram e saem em dois tempos...
O motivo da minha permanência, neste lugar tão indesejado, prende-se com o restabelecimento do meu pé após a operação. Parece estar deveras complicado....
Mas estando aqui há uma semana já dá para começar a conhecer as pessoas que aqui trabalham.
E, acreditem, há de tudo...
Primeiro comecemos pelos estrangeiros que aqui trabalham: a grande maioria são espanhóis e depois temos a representação de Leste (Ucrânia, Moldávia, etc...); e como habituamente portuguêses.
O atendimento é razoável, mas como sempre há muitos"ses", que no fundo são o fulcro deste post.
Tirando um ou dois enfermeiros estrangeiros, estes atendem e explicam melhor como fazer ou não numa determinada situação. Nota-se que se esforçam por compreender o doente e têm amor à profissão que abraçaram.
Já quanto aos enfermeiros portugueses, por vezes dão a sensação que nos estão a fazer um favor. É claro que há excepções, aliás toda a regra conhece, no mínimo, uma excepção. Mas é pena não ser o contrário.
Vai-se sobrevivendo, neste mar de "ais", mas a vida lá fora continua a correr e é sempre de aproveitar.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Carpe Diem - ( I )

Devemos aproveitar o momento ou o dia, como se fosse o último da nossa vida.
Nesta lufa lufa diária não damos sentido a esta pequena expressão, que tanto significado tem.
Desde a passada semana, mais precisamente terça-feira 16, esta frase fez-me pensar o quão importante é.
Já há anos que não sabia o que era uma cama de hospital e ser atirado para este local, onde ninguém quer entrar (tal como na prisão), não é nada agradável.
Tudo isto resultou do "civismo" de um cavalheiro, que após a asneirada que fez, se colocou em fuga. Mas eis mesmo o que se passou: após ter feito uma rotunda, nas calmas pois o trânsito era bastante, fiquei na faixa mais à direita, pois aquela não tinha trânsito, uma vez que desemboca na CREL e no IC19 em direcção a Sintra. As outras duas faixas dão acesso à rotunda de Queluz de Baixo e ao IC19 sentido Lisboa.
Mas os portugueses sempre se armam em espertos e campeões. Á minha frente seguiam dois carros e eu atrás na minha moto, tudo em baixa velocidade. Eis senão quando o veículo da frente se mete na faixa de rodagem do meio, sem pista, de repentemente pois tinha aberto um "buraco". Puro chico-espertismos, como Jorge Sampaio apelidou um dia estes indivíduos. O resultado é previsivel, o carro que me precedia trava repentinamente e eu para me desviar deste vou ao "tapete" (como se diz na gíria motard).
Pé fracturado e dores imensas e uma semana e quantas mais parado....
Mas a história não fica por aqui, pois quando o condutor do primeiro carro viu o produto da sua asneira largou em devandada, sem questionar quem quer que fosse sobre o meu estado físico.
Temos que aproveitar o dia ao máximo. Agora olha pela janela e as dores do meu pé fazem-me voltar à realidade, quando eu estaria tão bem lá fora, com este lindo sol de Janeiro.
Aos chicos-espertinhinhos destes país espero que sejam mais cívicos e mais Homens para que enfrentem os problemas que provocam.
Talvez, se não circulasse a tão baixa velocidade o desiquilibrio da moto não me teria caido em cima do pé. Talvez... Talvez... Não passa de uma suposição.

domingo, 7 de janeiro de 2007

David contra "Golias"


O Atlético, quarto classificado da série D da II divisão, escandalizou hoje na quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol, ao vencer em pleno Estádio do Dragão o FC Porto, detentor do troféu, por 1-0 .


É mesmo caso para dizer que o David com uma só pedrada (leia-se golo) abateu por completo o "Golias" (FCP).
Ainda o FCP teve a oportunidade de empatar e, consequentemente, ir a prolongamento, mas a maré de azar foi tanta que o castigo supremo bateu no poste.

Viva ao Atlético!!!


Meu amor, meu Amor

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

in SANTOS, José Carlos Ary dos, As Palavras das Cantigas

sábado, 6 de janeiro de 2007

Recordações de Estudante


Kings step by step., originally uploaded by @rmando.

Se há quem diga que "quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar" eu digo o mesmo para a cidade de Castelo Branco.
Passei naquela cidade 3 anos da minha vida de estudante e sabe sempre voltar a um local que me fez e viu crescer.
A cidade está transformada, mercê do programa Polís e quiça do seu crescimento urbanístico.
Os locais estão diferentes e as pessoas também. É uma cidade mais cosmopolita na sua acepção plena, mas uma cidade que merece ser revisitada, ainda que só de tempos a tempos.