Uma voz ouvia-se no escuro...
Palavras ditas em susurro...
Duas mãos unidas
Um só corpo colado
E muito suado...
Uma janela bateu.
O ar entrou sem pedir
E rodou, rodou...
E o vidro veio partir.
Os corpos já eram dois
O vento saiu, logo depois.
AR - 27/08/2007
Miguel Torga
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
sábado, 25 de agosto de 2007
Voltei ao trabalho.
Após sete meses de baixa, que aqui foram acompanhado no Carpe Diem, eis que voltei ao trabalho.
Tanto tempo afastado do labor diário a sensação é muito estranha. Porque será que as coisas boas (ainda que estando doente - mas o último mês deu mesmo para descansar) acabam depressa?
O que mais me custa nesta vida é levantar cedo e já não estava habituado a levantar todos os dias às 08 da manhã.
Restam-me ainda as férias, que este ano serão de Inverno, para desfrutar da neve e de outros locais que são muito bonitos nessa altura do ano.
Até lá... Toca a trabalhar!!!
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Desejos vãos...
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e tensa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Florbela Espanca
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e tensa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Florbela Espanca
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