“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Momentos finais de 2006

Eis que chegados ao fim de mais um ano, tudo se repete... alías, tudo na história se repete de uma forma ciclíca.
Repetem-se os votos de um bom ano, as notícias sobre os aumentos (excepto os vencimentos, que ficam sempre abaixo da média), as memórias do ano que finda e tantas outras repetições que nem vale a pena falar delas...

É altura de fazer uma pausa e reflectir o que foi bom e menos bom em 2006. Quais os factos que não foram superados e como conseguir fintá-los no novo ano.
Não deixar que estes desejos apenas "vivam dois dias" e depois se esqueçam. Assim, sugere-se a escrita dos objectivos a atingir em 2007 num bloco de folhas. A cada mês que passa revê-se a referida lista e tenta-se, desta forma, superar os objectivos propostos.
Não será difícil, basta determinação e não apenas aquelas palavras "este ano é que vai ser, etc etc...". E depois nada acontece e repete-se no final do ano "para o ano é que vai ser..."

A todos um óptimo 2007 repleto de sucessos pessoais e profissionais.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Chegou o consumismo.

Há muito que o consumismo se vem instalando nas sociedades ditas civilizadas. Por mais que Portugal queira pertencer a estas ditas sociedades (ficando atrás no essencial...) no tocante ao consumismo somos campeões.
A época que se aproxima fervilha em consumismo. Compra-se o que se precisa e aquilo que não se precisa. Gasta-se o que se tem e, pior ainda, gasta-se aquilo que não se tem.
Pouco ou nada vejo de TV, mas este fim de semana lá vi as notícias (essas por norma tento não falhar) e constatei duas coisas interessantes:
1.º - Na próxima quarta-feira, a seguir ao telejornal, vai para o ar uma reportagem sobre o endividamento dos portugueses.
2.º Quando questionaram um miúdo africano, que se encontra internado em Santa Maria, sobre quais as prendas que queria para este Natal respondeu, singelamente: "roupas e comida".

Tecemos agora algumas considerações:
  • A reportagem da RTP vem na hora H. Esta época é a de por excelência, de puro consumismo. Não se liga aquele espírito de Natal, da festa da família (ainda que, por vezes, só dure esta união dois dias e depois voltem a virar-se costas uns aos outros), do espírito de partilhar a alegria e o amor, etc, etc... Mais e mais se acaba por "calar" os filhos com mais esta e aquela prenda, pois coitadinhas das criancinhas não podem ouvir como resposta um redondo e sonante "NÃO!".

  • No que concerne ao rapazito internado, eis como uma humilde criança que nada tem, ou quase nada, soube pedir bens que lhe fazem mais falta. Não referiu que queria brinquedos, este ou aquele jogo, apenas pediu roupa e comida.

Vale a pena pensar nisto...