“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Tempos de Consumo

Actualmente e em especial nesta época natalícia que se avizinha há um consumo que se torna muito exacerbado.
Questiono o porque de só nesta época do ano se lembrarem dos mais desprotegidos, das crianças órfãos, dos velhinhos, etc, etc...
Tempo houve em que nesta época do ano se ofereciam umas meias e as crianças ficam todas contentes. Certo é que os tempos evoluem e a publicidade usa técnicas que deixam os mais pequenos a querem tudo e a não saberem o que querem.
E já pararam um pouco para pensar que muitas crianças, mesmo nesta época do ano, não recebem nem sequer um par de meias?
É nesta altura que mais se encontra pessoas cínicas na rua. Pessoas que se fazem passar por caridosas (o resto do ano esquecem tal predilecção), pessoas que sorriem, mas apenas mostram os dentes, etc, etc...
É por estas e por outras que acho que esta Época de Natal é a mais falsa que existe, e cada vez se torna em tudo menos no verdadeiro sentido de Natal (festa da natividade).
Compra-se a felicidade de alguém por meia duzia de prendas e depois esquece-se tudo e para o ano que vem há mais um Natal, mais uma época de consumo, mais uma época de puro cinismo. Realmente o Natal é de e para as Crianças. E Natal deveria ser todos os dias e não apenas uma vez por ano.

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