“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

sábado, 3 de maio de 2008

O fim do primeiro ano

Faz hoje um ano sobre o desaparecimento de Maddie.
Maddie, uma menina de apenas 4 anos de idade desapareceu subitamente de um aldeamento turístico na Aldeia da Luz - Algarve, numa amena noite quase de Verão.
O que se passou ao certo ninguém sabe, mas muita tinta já correu nos jornais, muitas horas de gravações nas televisões e na Internet as páginas que falam sobre este desaparecimento abundam.

Também por aqui não poderia ficar indiferente a tal acontecimento.

A crer pelas notícias que saem todos os dias nos media, uma vez que o processo ainda se encontra em Segredo de Justiça, algo está a ser mal explicado.
Acredito, à semelhança do Inspector da PJ que teve a investigação a cargo (e que foi afastado), que a Maddie possa estar morta desde o primeiro dia.

Os pais da pequena Maddie dizem que a cultura do país deles é difente da nossa. Concordo plenamente. Só não concordo com o facto de alguém estar de férias num país estrangeiro e abandonar os filhos num apartamanento para estar na "galhofa" com os seus amigos num restaurante. Este acto é cultural na Inglaterra??? Penso que não!!! Inclusive a Segurança Social Inglesa actua nestas situações, indo ao ponto de retirar os filhos a pais que pratiquem este tipo de abandono.

No desenrolar do processo a influência política foi enorme. Mera coincidência apenas pelo facto do pai de Maddie ter estudado com Gordon Brown? Não só, mas também.

O facto dos pais insistirem sempre na tese de rapto leva-me a suspeitar de que algo mais grave aconteceu naquela noite de 3 de Maio de 2007. Como se justifica que haja vestígios biológicos de Maddie num carro alugado quase quinze dias depois desta ter desaparecido? Como se justifica a repentina saída de Portugal para Inglaterra após os pais de Maddie terem sido constituídos arguidos? Como se justifica que não queiram voltar a Portugal enquanto mantiverem a mesma condição de sujeitos processuais? Ou seja, enquanto forem arguidos.

São estas contadições que nos levam a pensar seriamente que a Maddie possa ter sido, ainda que involuntariamente, morta pelos próprios pais.

Quem não deve não teme. A presunção de inocência em Portugal também se aplica e não nos podemos esquecer que estamos perante uma Polícia de Investigação que dá cartas a nivel mundial às suas congeneres.

Podemos não querer acreditar que este processo tenha um final feliz, mas casos há (veja-se os recentes acontecimentos na Áustria - após 18 e 24 anos de cativeiro, respectivamente)em que a verdade acaba por vencer a mentira.

Aguarda-nos ainda muita tinta que vai correr pelos jornais e televisões.

Até um dia Maddie!!!

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