“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Leituras...

Agora que o tempo me deixa mais espaço para outras leituras, eis que sugiro este livro que ando a ler.

A história de um advogado nova-iorquino de grande sucesso - Julian -, que, após ter sofrido um ataque cardíaco, resolveu abandonar a sua carreira profissional, viajando para o Oriente, na busca de um conhecimento diferente, que lhe permitisse descobrir uma outra qualidade de vida.

Julian vendeu a sua mansão, o avião, a ilha privada nas Caraíbas, o Ferrari que possuía e mesmo o relógio Rolex. Ficou apenas com uma dúzia de objectos práticos, que cabiam numa mochila, com a qual partiu para a Índia. Viajou pela Índia, Nepal e Tibete, conhecendo culturas, doutrinas e conceitos muito diferentes, procurando a sabedoria, quer no homem da rua quer junto de professores, mestres ou monges. Viveu em pensões baratas, em casa de pessoas que o acolheram, em abrigos para peregrinos e em mosteiros. Após pouco mais de três anos, Julian regressou ao seu país. Vinte quilos mais magro, mas sorridente e com bom aspecto, ao contrário do ar carregado que anteriormente sempre apresentava. E, para além da excelente aparência, tinha um olhar sereno e uma aura de paz, que impressionavam muito favoravelmente.

Julian contava que "no instante em que tinha parado de gastar tanto tempo a procurar os grandes prazeres da vida, tinha começado a desfrutar dos pequenos, como ver as estrelas a dançar ao luar, ou absorver os raios de sol numa radiosa manhã de Verão". Depois, dizia, tinha compreendido que "o Mundo, e isso inclui o nosso mundo interior, é um lugar muito especial". Percebeu também que o sucesso exterior não tem sentido, "a menos que haja sucesso por dentro, existindo uma enorme diferença entre bem-estar e estar bem".

Acrescentava ter aprendido "que o autocontrolo e o cuidado consistente da mente, do corpo e da alma são essenciais para encontrarmos o nosso eu supremo e vivermos a vida dos nossos sonhos". Tinha agora a convicção firme de que só podemos fazer o bem, quando nos sentimos interiormente bem, e de que só podemos amar o próximo, quando nos amamos a nós mesmos.Julian tinha adoptado um paradigma positivo acerca do Mundo e de tudo que nele existe, dizendo "não se poder dar ao luxo de ter um pensamento negativo, absolutamente nenhum." E acrescentava que "não existem erros na vida, apenas lições. Não existem experiências negativas, apenas oportunidades para crescer, aprender e avançar ao longo da estrada do autodomínio. Da luta advém a força. Até a dor pode ser um professor magnífico".

A não perder....

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