“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

terça-feira, 28 de março de 2006

Violência na Manifestação

Por toda a França o dia é de paragem, ou seja, de greve e de protestos contra o CPE (Contrato do Primeiro Emprego).

As centrais sindicais francesas garantem que por todo o país estão, esta terça-feira, na rua mais de três milhões de pessoas, que contestam o Contrato do Primeiro Emprego (CPE). Um protesto que entretanto ficou manchado por alguns incidentes.

Em Portugal a paragem deve-se outro factor: O BENFICA joga a primeira cartada na luta pela final da Liga dos Campeões. Peculiar ou não, somos o país do Futebol e de outros F's, restícios de uma tirania decepada com o 25 de Abril de 1974.

sábado, 25 de março de 2006

Polícias...

As notícias não paravam de chegar. Fosse pela Televisão, por Jornais ou simplesmente pela Net tudo falava do mesmo.
A grande operação levada a cabo pela PSP sobre o desmantelamento de uma rede de tráfico e venda de armas estava a ser desmantelada.
Dos figurinos (para o Direito - arguidos) constavam 4 elementos da própria força policial.
Volvidos dois anos sobre a investigação (segundo reportam os jornais) o cabecilha da rede é Chefe da PSP e desempenhada funções num local estratégico, ou seja, no Armamento da PSP (onde mais poderia ser?!)
Não se compreende como é que uma pessoa que esteja ao serviço para combater o crime, salte a barricada e se vá colocar no outro lado, isto é, no lado da vandidagem.
Será que serem Polícias julgavam que nunca iriam ser apanhados?
Se o EXPRESSO refere que "o cabecilha praticava este crime há 20 anos", como é que só passado este tempo é que se detem um homem destes?

Esperamos que a PSP e demais entidades policiais limpem o "lixo" que têm lá por casa.

sexta-feira, 24 de março de 2006

Hoje é "Dia do Estudante"

Após o luto académico dos anos 60, levado a cabo pelos estudantes de Coimbra, comemora-se hoje o dia do estudante.
A data é aproveitada pelos estudantes portugueses para fazer algumas reivindicações ao Governo, nomeadamente contra a Declaração de Bolonha, apesar de não estar marcada qualquer iniciativa concertada a nível nacional.

quinta-feira, 23 de março de 2006

segunda-feira, 20 de março de 2006

A dura realidade....

Um estudo Europeu conclui que os funcionários públicos são quem mais perdem no poder de compra comparados com os seus congéneres europeu, revela hoje o DN.
Muito se haveria a dizer sobre este assunto mas para quê bater mais no ceguinho?
Certo certo é que as taxas de juros sobem em toda a Europa e em Portugal o governo pura e simplesmente leva a sua avante, pois fixou desde o início a indíce de aumentos laborais (1,5% para os funcionários públicos) e não aceitou renegociar a mesma.
Para quem não leu o DN, aqui fica o artigo, num simples click.

domingo, 19 de março de 2006

Dia do Pai

Hoje é dia do Pai... É 19 de Março...
Devemos lembrar o Pai que nos viu crescer e que nos apoiou em todos os momentos, quer esteja entre nós quer tenha "partido".
Um grande beijo ao meu pai e bem-haja por tudo.

sexta-feira, 17 de março de 2006

Diferença entre "ontem" e "hoje"...

Os efeitos de uma gripe...

Leituras IV

"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera."

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Certezas da Vida

- Hummm, ele há coisas que na vida são mesmo certas....
- Ai sim... Tais como? Nã tou a ver...
- Olha... Tal como morrer e pagar impostos....
- ....

quarta-feira, 15 de março de 2006

Leituras III

A rede mundial tem destas coisas e basta um click para se aceder a um manancial de informação, divertimentos, etc, etc...
Desta vez o Leituras incide sobre um site de Livros para os mais pequeninos lá de casa.
Não há o toque do papel, o barulho a mudar as páginas, mas ler uma história diferente todos os dias, e com desenhos, aos nossos pequeninos não é a melhor coisa do mundo?
A não perder aqui, talvez o único senão é que está escrito em Português do Brasil.

Boas Leituras!

sexta-feira, 10 de março de 2006

Momentos Fotográficos X

E ainda mais esta, tendo ao fundo, do lado esquerdo um avião da TAP.

Momentos Fotográficos IX



Quem não viu este heli ontem nas ruas de Lisboa, devido à tomada de posse do novo PR???

Trata-se do novo heli da Força Aérea, o chamado EH101. Estas "máquinas" vieram substitur os velhinhos "PUMA".

quinta-feira, 9 de março de 2006

Glorioso SLB!


Palavras para quê? De facto ontem o BENFICA esteve em grande. Apesar de algumas defesas mal feitas e que iam culminando em golo do Liverpool, o certo é que com um pouco de sorte o Benfica conseguiu passar mais esta etapa, com um golaço de Simão Sabrosa.
Imprensa internacional elogia eficácia do Benfica e Simão, o quase-reforço do Liverpool

quarta-feira, 8 de março de 2006

Dia Internacional da Mulher

Poemas para todas as mulheres



"No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que só me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca à minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E só a pureza me ama e ela é em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! teus cabelos recendem à flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ó lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas
Entregai-me depressa à lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto, dai-me a iluminação das odes, dai-me o
[cântico dos cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher me devora!
Que eu quero fugir, quero a minha mãezinha quero o colo de Nossa Senhora!"

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 2 de março de 2006

Manha Submersa


O título deste post vai ao encontro de um dos livros mais lidos de Vergílio Ferreira.
E porque falar de Vergílio? Fez ontem anos (01 de Março) que este escritor faleceu. Estavamos em 1996 e morreu em Lisboa. Está sepultado em Melo (concelho de Gouveia, na Serra da Estrela) «virado para a Serra», como foi seu desejo.
Actualmente este autor não é leitura obrigatória nos currículos escolares, salvo aqueles que escolherem literatura portuguesa no 12.º ano.
É pena... Deixar apenas o seu nome gravado em Escolas ou em Bibliotecas ou em outros locais é pouco para o autor de "Carta ao Futuro 1958; Aparição, 1959" e outros mais recentes como "Para Sempre, 1983; Até ao Fim, 1987; Pensar, 1992; Conta-Corrente, cinco volumes, 1980-1988; Carta a Sandra, 1997 (edição póstuma)"
Esquecerem um dos autores mais carismáticos da recente actualidade.
Vale a pena ler e reler Vergílio.