“Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Miguel Torga

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

"Não vou intervir"

Foi com estas palavras - "não vou intervir no processo" - que o Presidente da Venezuela respondeu ao PR quando este lhe solicitou que interviesse no caso do co-piloto da Air Luxor preso naquele País.
Chávez referiu que o co-piloto não se encontrava preso numa prisão (mas sim numa residência) e que existia na Venezuela a separação de poderes, i.e., o poder executivo é independente do judicial e vice-versa, logo competia aos tribunais julgarem o caso sem interferências.
Se bem que o PR tentasse resolver a questão do co-piloto, acho de mau gosto solicitar ao Presidente da Venezuela que intervenha no caso. Tudo bem que se trata de um cidadão nacional, mas fica a ideia que em Portugal tudo "funciona com favorezinhos realizados por baixo da mesa". E depois aplicam o mesmo esquema noutros países, ou julgam que lá também se deve aplicar o que se passa em Portugal.
Não falo que haja corrupção ao mais alto nível do estado, mas que há favorezinhos é capaz de haver, mais que não seja para uma das partes referir "ficas-me a dever uma...".
Será que se fosse ao contrário o PR não iria também referir que em Portugal existe a separação de poderes?
Por mais que o co-piloto esteja inocente, a Justiça Venezuelana é em tudo igual à justiça Portuguesa - lenta, cheia de burocracia e eterna...

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