Inicia-se aqui uma nova rúbrica sobre leituras. No fundo este tema tem por objectivo proporcionar ao amigo leitor deste blog, uma singela orientação sobre a literatura actual. Espero que seja do vosso agrado.
José Saramago procede no próximo domingo ao lançamento, no Brasil, do seu novo livro intitulado "As intermitências da morte".
José Saramago, Nobel da Literatura, buscou na morte o material que precisava para escrever o seu novo romance. As intermitências da morte ressalta que além da dor, a morte também tem os seus caprichos. O enredo do livro conta que a cansada de ser detestada pela humanidade, a morte, simplesmente, para de agir. Por esse motivo, em um certo país as pessoas param de morrer, o que inicialmente provocou um verdadeiro delírio, acabou por evidenciar severos problemas.
Em Portugal será lançado pela Editora Caminho e está disponível nas livrarias a 3 de Novembro, embora o lançamento oficial se realize a 11 de Novembro, pelas 18H30, no Teatro S. Carlos, em Lisboa.
A não perder mais esta estória, por 12,60€.
Miguel Torga
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
domingo, 23 de outubro de 2005
Depois de "casa" ardida....

Numa altura em que se prepara a discussão sobre o Orçamento de Estado para 2006, eis que a Protecção Civil vai receber um aumento de 13% das suas verbas.
Esta medida pretende comprar trancas para uma casa que foi roubada? Segundo o Ministro da Administração Interna houve fracassos na política da protecção florestal. Depois do país ter ardido como ardeu, neste Verão passado, será que esta medida é eficaz? Numa altura em que os cortes do OE estão em todos os ministérios, onde se pedem esforços aos portugueses, maxime aos funcionários públicos, ainda há verbas para um sector que foi completamente dizimado?
É mesmo caso para afirmar: "depois de casa roubada trancas à porta".
sábado, 22 de outubro de 2005
Poesia III
Ladainha dos póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in "Cancioneiro de Natal"
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in "Cancioneiro de Natal"
terça-feira, 18 de outubro de 2005
Pensamentos II
Existem apenas duas maneiras de ver a vida.
Uma é pensar que não existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre.
(Albert Einstein)
Uma é pensar que não existem milagres e a outra é pensar que tudo é um milagre.
(Albert Einstein)
segunda-feira, 17 de outubro de 2005
"Não vou intervir"
Foi com estas palavras - "não vou intervir no processo" - que o Presidente da Venezuela respondeu ao PR quando este lhe solicitou que interviesse no caso do co-piloto da Air Luxor preso naquele País.
Chávez referiu que o co-piloto não se encontrava preso numa prisão (mas sim numa residência) e que existia na Venezuela a separação de poderes, i.e., o poder executivo é independente do judicial e vice-versa, logo competia aos tribunais julgarem o caso sem interferências.
Se bem que o PR tentasse resolver a questão do co-piloto, acho de mau gosto solicitar ao Presidente da Venezuela que intervenha no caso. Tudo bem que se trata de um cidadão nacional, mas fica a ideia que em Portugal tudo "funciona com favorezinhos realizados por baixo da mesa". E depois aplicam o mesmo esquema noutros países, ou julgam que lá também se deve aplicar o que se passa em Portugal.
Não falo que haja corrupção ao mais alto nível do estado, mas que há favorezinhos é capaz de haver, mais que não seja para uma das partes referir "ficas-me a dever uma...".
Será que se fosse ao contrário o PR não iria também referir que em Portugal existe a separação de poderes?
Por mais que o co-piloto esteja inocente, a Justiça Venezuelana é em tudo igual à justiça Portuguesa - lenta, cheia de burocracia e eterna...
Chávez referiu que o co-piloto não se encontrava preso numa prisão (mas sim numa residência) e que existia na Venezuela a separação de poderes, i.e., o poder executivo é independente do judicial e vice-versa, logo competia aos tribunais julgarem o caso sem interferências.
Se bem que o PR tentasse resolver a questão do co-piloto, acho de mau gosto solicitar ao Presidente da Venezuela que intervenha no caso. Tudo bem que se trata de um cidadão nacional, mas fica a ideia que em Portugal tudo "funciona com favorezinhos realizados por baixo da mesa". E depois aplicam o mesmo esquema noutros países, ou julgam que lá também se deve aplicar o que se passa em Portugal.
Não falo que haja corrupção ao mais alto nível do estado, mas que há favorezinhos é capaz de haver, mais que não seja para uma das partes referir "ficas-me a dever uma...".
Será que se fosse ao contrário o PR não iria também referir que em Portugal existe a separação de poderes?
Por mais que o co-piloto esteja inocente, a Justiça Venezuelana é em tudo igual à justiça Portuguesa - lenta, cheia de burocracia e eterna...
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
terça-feira, 11 de outubro de 2005
Bom Jornalismo

Os debates, nas noites de segunda-feira, na RTP estão cada vez mais interessantes. A moderação, feita pela Fátima Campos Ferreira, está a um nível superior e começa a habituar-nos aos seus programas.
O debate de ontem foi muito positivo, na medida em que os diversos convidados foram unanimes em afirmar que precisamos de transparência política e de novos políticos.
De contra apenas o facto do programa passar tão tarde na televisão, o que faz com que pouca gente o possa admirar e analisar.
Parabéns, Fátima Campos Ferreira, pelo excelente trabalho, aguardamos mais debates como os de ontem.
segunda-feira, 10 de outubro de 2005
Arguido - sinonimo de eleição garantida
Se havia dúvidas quanto às sondagens eleitorais, relativamente aos candidatos-arguidos, em processos crime, ontem desfizeram-se tais interrogações.
Todos os arguidos concorrentes às eleições (pelo menos os mais mediatícos) ganharam as referidas eleições. E temos dois casos (Gondomar e Felgueiras) onde se obteve a maioria absoluta.
Que conclusões a tirar destas eleições, nas quais o povo "é quem mais ordena"?
Compensa ser arguido em processos crime de falsificação de documentos, apropriação ilegítima de dinheiros públicos, benefícios particulares, etc, etc...?
Depois o discurso destes vencedores é em todo igual: "o povo disse de sua justiça", "nem sei qual a cor do saco que lhe chamam por aí" (FF andas com amnésia? O sol do Brasil deve-lhe ter feito mal! Não será azul?) e outros comentários do género (que apenas dão vontade de rir, tal não é a palhaçada de políticos que temos).
Mas desengane-se quem poderá afirmar que existiu falta de informação política. Oeiras é um dos concelhos que tem a maior massa populacional com cursos superiores. Chamam a isto falta de informação?
Somente em Amares o arguido de lá não ganhou, tendo atribuído as culpas às empresas de sondagens. Realmente há com cada uma... que nem vale a pena comentar.
Resumindo: quem rouba, furte e abusa do poder, tendo a finalidade de obter para si ou para terceiros lucros ilegítimos é que é bem visto neste país. País este que caminha a passos largos para um país do 3.º mundo.
Todos os arguidos concorrentes às eleições (pelo menos os mais mediatícos) ganharam as referidas eleições. E temos dois casos (Gondomar e Felgueiras) onde se obteve a maioria absoluta.
Que conclusões a tirar destas eleições, nas quais o povo "é quem mais ordena"?
Compensa ser arguido em processos crime de falsificação de documentos, apropriação ilegítima de dinheiros públicos, benefícios particulares, etc, etc...?
Depois o discurso destes vencedores é em todo igual: "o povo disse de sua justiça", "nem sei qual a cor do saco que lhe chamam por aí" (FF andas com amnésia? O sol do Brasil deve-lhe ter feito mal! Não será azul?) e outros comentários do género (que apenas dão vontade de rir, tal não é a palhaçada de políticos que temos).
Mas desengane-se quem poderá afirmar que existiu falta de informação política. Oeiras é um dos concelhos que tem a maior massa populacional com cursos superiores. Chamam a isto falta de informação?
Somente em Amares o arguido de lá não ganhou, tendo atribuído as culpas às empresas de sondagens. Realmente há com cada uma... que nem vale a pena comentar.
Resumindo: quem rouba, furte e abusa do poder, tendo a finalidade de obter para si ou para terceiros lucros ilegítimos é que é bem visto neste país. País este que caminha a passos largos para um país do 3.º mundo.
sexta-feira, 7 de outubro de 2005
Poesia II
Lágrimas ocultas
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Florbela Espanca
terça-feira, 4 de outubro de 2005
Momentos Fotográficos I
segunda-feira, 3 de outubro de 2005
Eclipse Solar
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